domingo, 9 de maio de 2010

ELE, ELA, QUEM?

“Se grandes diretores italianos como Antonioni, Vancini, Lattuada ou Zurlini, por acaso tivessem nascido no Brasil, ou em São Paulo mais especificamente (como por pouco não aconteceu com o ator Renato Salvatori), seria bastante provável que os dirigentes da Embrafilme intencional e deliberadamente os mantivessem na lista negra dos “não financiáveis” da empresa. Mas, quando à testa de sua diretoria, Roberto Farias não esqueceu de dar oportunidade a Luiz de Barros, claro que levando em conta sua “longa folha de serviços”. E aqui está o resultado dessa visão cinemática “sui generis” dos arremedos de Erich Pommer, Samuel Goldwyn, Irving Thalberg ou Val Lewton que temos por aqui. Na história “selecionada”, moça um tanto estranha, após a necessária intervenção cirúrgica, acaba se transformando em homem e casando com sua melhor amiga de colégio.”


Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 26/10/80.

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