domingo, 2 de janeiro de 2011

FRITZ LANG

“Só a homenagem à grandeza insubstituível de Fritz Lang que o “Museu de Arte de São Paulo” e o “Instituto Goethe” estão levando a efeito, já tornariam fora de série a programação especial destes novos sete dias de cinema. Lang só houve um. E, infelizmente, com toda a probabilidade, não surgirá outro. Assim o que há a fazer é prestigiar irrestritamente esta programação que hoje prossegue no Grande Auditório do MASP com o primeiro filme falado do cineasta desaparecido: “O Vampiro de Dusseldorf” (“M”), de 1931. De amanhã a quinta, no Pequeno Auditório e sempre em duas sessões (18:30 e 20 horas), teremos respectivamente “Pode o Amor Mais que a Morte?” (“Der Mude Tod”), de 1921, “Dr. Mabuse, o Jogador” e “Dr. Mabuse, Inferno do Crime”, ambas de 22, bem como o encerramento na quinta, com a repetição do maravilhosamente romântico, hoffmanesco e, ao mesmo tempo, antecipador e premonitório “Metropolis”, de 26. A esse ciclo faltaram, é verdade, “Os Espiões”, “A Mulher na Lua”, “O Testamento do Dr. Mabuse”, “Coração de Apache” (“Lilion”) bem como as raridades anteriores a “Der Muede Tod”. Mas oportunidade não deixará de haver para corrigir a lacuna, mesmo porque a obra de mestre Lang exigirá sempre contínuas apreciações, ininterrupta reverência.”

Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 26/09/76.

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