domingo, 24 de abril de 2011

JESUINO BRILHANTE, O CANGACEIRO

“Extemporânea excrescência do ciclo “cangaço” que só males trouxe ao nosso cinema. E fita que, não obstante o aumento do número de dias de exibição obrigatória, foi parar no crematório programa triplo de uma salinha “off” como a do Los Angeles. Aliás, tratando do outorgado aumento do número de dias, justamente agora quando a concorrência se faz entre o cinema brasileiro dos tubarões (sejam os das “liasons dangereuses”, sejam os das “chanchada”, da pornografia, dos “interesses paralelos” ou da absoluta falta de rebuços) e cinema brasileiro dos “peixes pequenos” (ou sejam os independentes, os “não alinhados”, os que não podem desrecalcar, gratificar ou coagir certos estrategistas da imprensa e da crítica, distribuição, etc., sejam os das fitas mais artísticas, das produções mais ingênuas ou simplesmente das menos matreiras ou apenas mais comuns, mais normais) o mercado ficou absolutamente fechado. Com a concorrência, antes dita desleal das fitas estrangeiras, quase que todos lutavam e saiam arranhados mas semi-ressarcidos. Agora com a concorrência inegavelmente brutal e desleal dos feudais nacionais, a luta está sendo impossível, como qualquer relação e informes feitos com coragem, imparcialidade, dados e critério pode demonstrar fácil e escandalosamente.”

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