sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O PREÇO DO PRAZER (ONDE ANDAM NOSSOS FILHOS?)


“Até a grafia dos nomes em letreiros, cartazes, anúncios e o que mais exista, muda a cada “meio de divulgação”, indicando, no mínimo, a mais absoluta falta de sofisticação, para não dizer outra coisa. Assim é o cinema “boca do lixo”, paulista ou carioca, tanto faz. Moralismo, incipiência, total senso de “oportunidade”, apelação direta para os mais auto-conflitantes ingredientes. Dois adolescentes classe média, de uma pureza pouco encontrável nos dias de hoje, conhecem e se envolvem com um casal da alta sociedade que é o próprio vício e prostituição física e moral encarnados, mais um figurão homossexual inescrupulosíssimo, etc. Maniqueísmo, ouvir cantar-se o galo sem saber onde ou como, etc., etc. Tudo vale, até recorrer-se a éticas máximas e advertências de um esquerdismo bem antiga porta de fórmica do interior.”


Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 09/09/79.


Nenhum comentário: