sábado, 3 de outubro de 2009

O SONHO NÃO ACABOU


"Uma juventude de Brasília, que mais parece certa juventude de Copacabana-Ipanema-Leblon ou do nosso terceto USP-Rua Augusta-Bixiga, liberadíssima e só muito tardiamente preocupada com teto, dentista e feijão-com-arroz, mas mesmo assim “revoltada” porque o seu tempo (a década de 70) era sombrio e ela vivia querendo esquecer, fazendo do presente o passado, mesmo porque ainda há muito político da antiga dobradinha ou “mood” PSB-PTB insistindo que esse nefando passado sequer existiu. Fita bem feita, em “andante” bem “hippie à brasileira”, alguns toques de poesia e muitos de “doce insolência”, que, aliás, não condizem e até são conflitantes entre si, e com a temática, os personagens e os problemas (ou com os personagens problema?). Revolta “angry”? Ou “estudantadas”, ou “mocices”, como se diria nos tempos de Álvares de Azevedo, Coelho Neto ou Arthur Azevedo?”

Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 01/08/82.

2 comentários:

Matheus Trunk disse...

Sergio: este texto do Biáfora está demais. É um documento importantíssimo desse grande mestre sagrado da nossa cinematografia. Parabéns por você manter viva a memória deste personagem único do cinema paulista e brasileiro.

Matheus Trunk
www.violaosardinhaepao.blogspot.com

Sergio Andrade disse...

Valeu, Matheus, obrigado pelas palavras! A gente faz o que pode rsss

Abração!