domingo, 10 de agosto de 2008

O SEGREDO DO CASTELO DE EDO (“Ooku Marohu Monogatari”)

“Já que não podemos rever o clássico “As Cinco Mágicas” (a cópia deve ter deteriorado), nada mais oportuno do que a reapreciação deste também bonito e expressivo filme de Sadao Nakajima, o diretor japonês que se antecipou à moderna voga erótica, mestre inconteste do gênero e, incrivelmente, sem oportunidade de cultuá-lo no atual cinema de seu país. No castelo de Edo, em princípios de 1700, reinado de Ienori Tokugawa, o dramático relato do recrutamento das filhas de samurais e comerciantes para o harém do shogun. Espesinhamento moral e sentimental, medo, rivalidades, cobiça, inveja, luxúria, intrigas, crime. E, entre o intenso e requintado tratamento de direção, encenação, etc., estrelas lindas, de lábios de cereja e pele de pétalas de rosa, como Yoshimo Sakuma, Junko Fuji e atrizes do “kabuki” como Isuzu Yamada e do melhor teatro japonês moderno, como Kyoko Kishida. A fita aqui foi originalmente lançada a 7 de abril de 1968, no mesmo Cine Niterói que a fez recensurar e, previamente, a “reprisou” pouco tempo atrás, para o público da colônia.”

Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 28/09/80.


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