terça-feira, 11 de novembro de 2008

O HOMEM DO PAU BRASIL

“Em vista do que resultou de sua formação, de suas influências da mineirice, carioquice e até mesmo paulistanice, em vista do que ele pode e quer ser, gosta e seus acólitos gostam nele, em vista, também, de seu tipo de cultura e de empenho, em vista do incoercível binômio, que lhe deu origem – o “cinema-novismo” como manifestação de uma sempiterna, sempre igual e nunca renovada classe dominante – não há dúvida que Joaquim Pedro de Andrade é um dos diretores não por demais prolíficos, mas mais bem-sucedidos do cinema nacional. E aqui está seu sexto longa-metragem, uma versão da mítica “Oswald de Andrade”, provavelmente feita com uma inventiva – a “porque me ufano” – à brasileira. E no qual, como uma espécie de mito e da trajetória de Tarsila do Amaral, Dina Sfat deverá ter, em seguida a “Eros” e, juntamente com “Álbum de Família”, seu terceiro “grand portrait” consecutivo num cinema, como o nosso, que muito precisa deles.”


Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 21/02/82.


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