segunda-feira, 10 de novembro de 2008

AS SAFADAS


"Resultado de uma lei de obrigatoriedade mal formulada. Filme “rodado” simultaneamente em menos de uma semana, em três episódios e com três diretores (preferivelmente também autores fotógrafos, fazendo câmera ou cenografia e montagem), desimcumbindo-se fustigados da tarefa. As três histórias são obrigatoriamente eróticas, e o mais mencionável é a estréia na direção do montador Inácio Araujo. Na história de Carlão Reichenbach, Zilda Mayo é a “Vamp” dos fliperamas, explorada por um cafetão (Koppa, ótimo, e dando até sentido ao cartaz de publicidade). Na de Inácio, dois casais humildes em desencontro, apesar da ligação puramente física de um deles, acabam descobrindo a compreensão numa troca de parceiros. E na de Toninho Meliande, a amarfanhada Vanessa vai casar com moço quarentão, para poder comprar o enxoval, aconselhada por uma expert resolve ceder até certos limites a lubricidade de três ricos e maduros cavalheiros: Hingst, Dias e Pignatari."


Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 09/05/82.


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