domingo, 26 de agosto de 2007

A VIRGEM E O BEM DOTADO

"Erotismo varzeano ou comédia pornô, única opção que a culpabilidade geral, interesses também generalizados, a própria falta de criatividade ou um espírito de revolta impõem ao cinema paulista. Há outras coisas, pornôs também, mas a ninguém interessa remexê-las. E aqui temos novamente o polonês Edward Freund, um dos melhores tipos de nosso cinema e, iluminador-operador, montador, diretor, roteirista, parcial produtor de muitas potencialidades, mais uma vez aceitando o destino. Desta vez, a história de um operário da indústria automobilística que sempre teve sorte com as mulheres. Mas ao apaixonar-se por uma virgem convicta e irredutível, acaba ficando famoso ao inventar uma gasolina à base de água e Sonrisal. A partir daí é que consegue resolver o seu problema. Além de Freund e seus sete fôlegos, gente que poderia render cinematicamente: Genésio de Carvalho, com seu tipo de monge tibetano, a bela italiana Rossana e o galã Villalonga, por exemplo."

Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 05/04/81.

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