domingo, 30 de março de 2008

A FOME DO SEXO

"Mais um erotismo de encomenda, cumprido com a habitual diligência por Ody Fraga. Nada contra a encomenda, nem contra a diligência. Mas só com o provável tom e o lado adventício da obra, dois handicaps, que não são, em absoluto, inevitáveis. A história aqui parece a de “Idílio Proibido”, aquela última realização de Konstantin Tkaczenko em que a adulta Suely Fernandes cobiçava e envolvia até a morte um menino de 12 anos. Aryadne de Lima, que parece Capucine misturada a Joan Davis ou Charlotte Greenwood, apanha o marido em flagrante com a melhor amiga. Definitivamente ofendida, vai para Campos do Jordão e, apesar de assediada por um Arthur Rovedeer, cisma com um efebo daqueles típicos, que outro não é senão o frágil galãzinho do famigerado “A Filha de Calígula”. E o pior é que o referido acha que não tem vocação para gigolô e acaba preferindo sua antiga namoradinha (será que Danielle Ferrite?)."

Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 26/09/82.



Nenhum comentário: