“Se grandes diretores italianos como Antonioni, Vancini, Lattuada ou Zurlini, por acaso tivessem nascido no Brasil, ou em São Paulo mais especificamente (como por pouco não aconteceu com o ator Renato Salvatori), seria bastante provável que os dirigentes da Embrafilme intencional e deliberadamente os mantivessem na lista negra dos “não financiáveis” da empresa. Mas, quando à testa de sua diretoria, Roberto Farias não esqueceu de dar oportunidade a Luiz de Barros, claro que levando em conta sua “longa folha de serviços”. E aqui está o resultado dessa visão cinemática “sui generis” dos arremedos de Erich Pommer, Samuel Goldwyn, Irving Thalberg ou Val Lewton que temos por aqui. Na história “selecionada”, moça um tanto estranha, após a necessária intervenção cirúrgica, acaba se transformando em homem e casando com sua melhor amiga de colégio.”
Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 26/10/80.
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