"Filme que lançou uma estrela, bastante feia, dos “shows” e apresentações noturnas da atual Broadway: Bette Midler, que logo foi indicada para o “Oscar” de melhor atriz do ano; o mesmo, na categoria de coadjuvante, com menos razões ainda, ocorreu com seu companheiro de elenco, um incrível Frederic Forrest. Produção cuidada em termos de cinema e consumo jovem, pop, etc., na mesma linha desse delírio auto-promocional de Barbra Streisand em “Nasce uma Estrela”. Mas (falta do compensador Kris Kristofferson à parte) muito melhor e mais humana e, apesar de tudo, um documento verdadeiro de uma época tão dissolvida e à deriva como a que atravessamos. Incrivelmente, porém, não está sendo tão bem recebida nos meios afins como seria de se esperar. Talvez seja essa mesma dose de humanismo o que atrapalha, se bem que a fita não é perfeita e já começa com o drama em pauta, sem mostrar suas motivações e raízes. Em verdade, uma espécie de biografia de Janis Joplin, com pitadas até da trajetória de Jimmi Hendrix e muito da personagem feminina criada e/ou observada por John Huston em “Cidade das Ilusões”. A fita lança
Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 17/08/80.
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