"Filme com o qual Píer Paolo Pasolini conquistou o Grande Premio “Urso de Ouro” no festival de Berlim – 1972. É o segundo de uma trilogia à qual pertencem “Decameron” (71, e aqui marcado por nossa censura, mais ou menos, até o ano passado) e o também na mira, mas já a ponto de liberação, “As Mil e Uma Noites”, de 74. Trilogia voltada para uma espécie de epicurismo, ou alegria, ou aceitação da vida tal qual ela é segundo a “ideologia neo-realista” dos primeiros tempos em que ela encantava os que adoram catarses de determinado tipo. Aqui, para dar vasão a esse espírito, o cineasta serviu-se da obra de Geofrey Chaucer, escritor inglês do século XIV, aproveitando seus aspectos de irreverência, sarcasmo e malicia, e fez locações em ambientes reais, nos arredores de Londres, e com todos os diálogos
Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 19/07/81.
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