terça-feira, 11 de novembro de 2008

O CASO CLÁUDIA

“Desde sua pré-história com “O Crime de Cravinhos” ou as várias versões dos mais de um reais “Crimes da Mala” até “O Assalto ao Trem Pagador”, e de “O Assalto” até o “oportuno” e “utilíssimo” “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia” que uma das “piéces de resistence” ou das “weakness” do cinema nacional vem sendo o aproveitamento de casos policiais ou crimes famosos. “O Caso Cláudia” não poderia escapar à regra, ainda que (como aliás no mundo todo, sobretudo no cinema norte-americano) para evitar aborrecimentos posteriores o mais prático seja sempre utilizar o chamariz da manchete e tratar o problema por analogias, tangentes e advertências. Aqui o caso é mais de Flávia (Kátia D’Angelo) que de Cláudia (a novata Lilian Stavik, em fugaz ponta). Evidentemente este não é o filme sobre o Piauí que o ferrenho mas reflexivo e aberto Miguel Borges (o mesmo do valiosamente visual “Pecado na Sacristia”) continua devendo ao cinema brasileiro, mas parece ser obra em que seu empenho de realizador sempre se faz sentir. Pelas fotos, há que salientar a propriedade da colocação do ator teatral Jonas Bloch no personagem decalcado em Michel Frank. E a seu propósito saem também crítica e reportagem nesta mesma edição de hoje.”


Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 05/08/79.



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