“Ursula Andress no papel de uma linda jovem (ou de uma determinada balzaqueana?) que tudo faz para participar de uma expedição às selvas da Nova Guiné, a fim de encontrar o pai. Cedo, porém, descobre que os demais como, aliás, também seu pai, estavam interessados mais num tesouro perdido ou numa não localizada mina de urânio. E a narrativa, como depois dos paradigmas fatalistas de “O Tesouro de Sierra Madre” ou “O Segredo das Jóias”, só pode terminar com a frustração dos ambiciosos. Crocodilos, iguanas, canibais, mil perigos como no “cinema de aventuras delirantes” da década de 30 sobre a África. Surpreendentemente a revista francesa “L’Ecran”, apesar do diretor ser Alberto De Martino, gostou da fita considerando-a “une veritable fête fantastique” e até faz referência a um William Witney que talvez seja o mesmo cineasta dos “westerns-C” da Republic que descobrimos e elogiávamos há uns 30 anos e que aqui era motivo de hidrofóbica reação por policialismo “engagé” da crítica e cineclubismo brasileiros à época.”
Publicado originalmente no "O Estado de S. Paulo" de 05/08/79.
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